Ferrovias - Doucine no disfarce de escala / peralte
Para diminuir um pouco as acelerações, em alguns casos aplica-se uma doucine para suavizar o diagrama de disfarce de escala / peralte.
A aplicação de Doucines no diagrama de disfarce de escala, tem por objectivo diminuir as acelerações (verticais) e ir um pouco ao encontro do que se consegue materializar na prática para "levantar" um carril sem lhe aplicar um ângulo.
Estas situações aplicam-se com comprimentos diferentes conforme o tipo de via. No entanto para todas as linhas os requisitos referem x metros ao inicio de clotóide (colocação de aparelhos de via) tendo em vista também a diferença de do disfarçe de escala teórico e o que pode ser materializado.
O EIA da linha D do Metro do Porto refere as Doucines:
"O disfarce de escala deve ser realizado de forma progressiva através dos elementos de clotóide,
considerando, nas suas extremidades, uma zona com um comprimento da ordem dos 10 m (doucine)
que consta de uma parábola em perfil longitudinal."
Na revista de obras públicas, 1946, Espanha, tem um estudo das várias configurações desta suavização do diagrama:
No memorandum da alta Velocidade da California, faz-se referência às Doucines, e depois uma transição ao meio-seno:
"The French Railways (SNCF) uses constant rate of change clothoid spiral but applies a transition
at the ends called a “doucine.” The set length is 40 meters on TGV lines and 20 meters on lower
speed lines. Doucines appear to be a high-speed version of the traditional American “stringline”
method of reduction in rate of change of radius and superelevation at the ends of spirals. "
As chamadas doucines, também se podem aplicar, em casos restritos, fora de uso, para a directriz.
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